Como fazer um cabeamento estruturado eficiente?

Manter a eficiência e uma conexão de qualidade é fundamental. Para isso, é importante tomar alguns cuidados na hora de fazer o cabeamento estruturado do edifício. Para conservar a eficiência do sistema, alguns passos devem ser seguidos:

Baseie-se na norma nacional NBR 14565: é importante seguir as normas, sejam nacionais ou internacionais, que definem os padrões de cabos, conectores e meios para a implementação dessa rede.

Respeite os subsistemas: a rede é composta por 6 subsistemas e é importante respeitar as características deles. São eles:

Entrada do edifício: ponto de conexão entre a rede cabeada externa e os servidores disponibilizados na entrada do edifício.

Sala de telecomunicações: é a área onde os equipamentos e cabos estão posicionados.

Sala de equipamentos: espaço onde estão armazenados os principais equipamentos ativos da rede como servidores, roteadores etc.

Área de trabalho: é o local onde os usuários operam seus equipamentos como notebooks, desktops, telefones, etc.

Cabeamento horizontal: são os cabos responsáveis por promover as conexões entre a sala de telecomunicações e a área de trabalho da empresa.

Cabeamento Backbone: conjunto de cabos que integram a sala de telecomunicações, as salas de equipamentos e os pontos de entrada.

Organize e identifique o cabeamento: é importante identificar e organizar fios e cabos para manter a ordem e facilitar a manutenção.

Benefícios principais do cabo Cat6

Velocidade: Suporta velocidades de até 10 Gbps em distâncias de até 55 metros, e até 1 Gbps em até 100 metros.

Largura de banda: Possui uma largura de banda de 250 MHz, o que permite uma transmissão de dados mais suave e eficiente.

Redução de interferência: O design com pares trançados mais apertados e isolamento interno minimiza a diafonia (interferência entre fios), resultando em conexões mais estáveis e rápidas.

Estabilidade: A melhor proteção contra interferência reduz a perda de pacotes, o que é crucial para aplicações como video conferências, jogos online e streaming de vídeo de alta qualidade.

Compatibilidade: É compatível com dispositivos e infraestruturas Cat5e, permitindo a integração com equipamentos mais antigos.

Requisitos e Boas Práticas de Instalação

Planejamento: Avalie as necessidades da rede, defina o layout e identifique os caminhos que os cabos percorrerão, determinando a distância e o ponto mais próximo de conexão, como o armário de telecomunicações (Rack).

Normas: Siga as normas brasileiras NBR 16415 (caminhos e espaços) e NBR IEC 61537 (requisitos para sistemas de eletrocalhas), além das normas americanas TIA/EIA 568 e TIA/EIA 607 (aterramento).

Dimensionamento: A taxa de ocupação das eletrocalhas não deve exceder 40% de sua área transversal para três ou mais cabos, garantindo espaço para futuras expansões e ventilação adequada.

Separação de Cabos: Mantenha a infraestrutura de cabeamento estruturado (dados/voz) separada dos circuitos elétricos para mitigar interferências eletromagnéticas. Se o compartilhamento for inevitável, use barreiras físicas (septos) apropriadas.

Aterramento: Interligue todas as eletrocalhas ao barramento de aterramento principal (TMGB) utilizando cabos de cobre isolado, seguindo as normas de segurança.

Curvas e Derivações: Utilize acessórios comerciais (curvas, "Ts", junções) para mudanças de direção, ou no caso de eletrocalhas aramadas, faça as curvas no local com ferramentas de corte apropriadas. Evite joelhos em eletrodutos de saída. Garanta que o raio de curvatura mínimo dos cabos seja respeitado.

Fixação e Suportes: Fixe os suportes (mão francesa, cantoneiras) em intervalos regulares e que suportem o peso total dos cabos e da própria calha. A altura e a distância entre caixas de passagem devem seguir as normas TIA-569 ou NBR 16415.

Organização e Identificação: Utilize organizadores de cabos e um rotulador industrial para manter os cabos ordenados e facilitar a manutenção e solução de problemas futuros.